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A Genesis do ERP– Os Micros e as primeiras Software-Houses

Os Micros e as primeiras Software-Houses – Nascem os Pacotes

No início da década de 1980 surgem os microcomputadores (Apple e IBM). A Microsoft lança no mercado o MSDOS, que alcança um enorme desempenho no Brasil. Também nessa mesma época o governo brasileiro publica uma Lei (Lei Federal 2.232/84), que veio a ser conhecida como a Lei de Reserva de Mercado de Informática, que originalmente tinha como objetivo garantir a evolução da industrial nacional. Na prática, a lei se mostrou um estimulo à pirataria.

Nesse cenário, surgem as primeiras softwares-houses brasileiras: nomes como Fluxo Informática, IPL/Pantrom, Alterdata, Nasajon, WK, Ramo, RM, Datasul, Microsiga, entre tantas outras, foram sendo apresentadas ao mercado.

Num primeiro momento, essas softwares-houses desenvolviam os sistemas atendendo demanda específicas das empresas que contratavam seus serviços. Entretanto, as softwares-houses começaram a perceber que os serviços atendiam finalidades semelhantes. Surgiam aí os chamados Pacotes (Packages).

Começaram a surgir os primeiros sistemas para Gestão Empresarial para microcomputadores, principalmente os compatíveis com o PC da IBM. Sistemas como contabilidade, contas a pagar, contas a receber, controle de estoque, faturamento, livros fiscais, controle patrimonial, folha de pagamento, ponto eletrônico etc, para ficar nesses. Naquela época, comentava-se que muitas dessas empresas não se desenvolveriam e se extinguiriam ao longo do caminho, o que de fato ocorreu. De início, muitas dessas softwares-houses utilizavam ferramentas para desenvolvimento como Dbase, Paradox, FoxPro, Delphi, Genexus, Clipper, que se mostravam eficientes para os padrões da época.

O avanço alcançado foi significativo e gradualmente os trabalhos de escrituração, manuais ou mecanizados, foram sendo substituídos e os serviços realizados pelos bureau foram, em grande parte, internalizados. As estruturas administrativas começaram a ficar mais enxutas, mas havia um problema: como a cultura predominante era a de departamentos (verticalizadas). Era comum que cada departamento tivesse a sua própria solução. As empresas tinham o sistema de contabilidade de um fornecedor, o de folha de pagamento de outro, o de livros fiscais de outro e por aí vai.

Cada departamento (e em muitos casos cada usuário) achava o que melhor atendesse as suas necessidades: prevalecia a política da parte em detrimento do todo.

Bom, o problema é que o Fato Gerador do processamento era um só e precisava circular em cada departamento que dele dependia. Os resultados não batiam. Uma coisa é ter uma visão diferente como no exemplo clássico do regime de caixa versus regime de competência, outra eram números completamente díspares. A origem mais comum dos erros identificados eram os documentos extraviados ou retidos em algum dos departamentos (do mesmo modo com os bureau, só que dentro da mesma empresa). Nessa época reinava a redundância e o retrabalho. Percebendo isso, empresas e softwares-houses buscavam soluções: surgiam aí os primeiros ERP’S.

Em nossa próxima publicação falaremos sobre nossos primeiros contatos com um ERP: o SIGA ADVANCED. Fique atento…

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