A Genesis do ERP

A Consolidação – O ERP se conecta

De modo paralelo, a robustez tecnológica obtida veio o crescimento orgânico do ERP.

Podemos considerá-lo como um crescimento de dentro para fora do ERP, que tem como ponto de partida a incorporação de módulos que tratavam MRP I e MRP II. Mais ou menos assim: planejava-se as necessidades de fabricação da empresa, sua capacidade produtiva e sua capacidade financeira, tudo integrado.

Logo surgiu a necessidade de incorporar módulos que tratassem as importações e as exportações, que mais tarde tiveram a companhia de um módulo que tratava o regime de Drawback: juntaram-se a esses novos módulos com objetivos voltados ao controle e garantia da qualidade.

Com o lançamento do Protheus, logo foram se incorporando outros módulos como gestão de projetos, planejamento orçamentário e gestão de contratos, recrutamento e seleção, treinamento, avaliação e pesquisa de desempenho, entre outros. Atualmente, o ERP Protheus conta com noventa e cinco módulos, atendendo os mais diversos processos e finalidades – e em breve a Genesis irá apresentar uma série de publicações sobre eles.

Não só o ERP evoluiu em número de módulos, como também os módulos evoluíram em termos de funcionalidades a cada versão. Vamos tomar como exemplo o módulo contábil: se no início foi concebido para atender as exigências fiscais, passou a adotar o conceito de contabilidade de custos. Naqueles tempos de inflação descontrolada, para atender empresas multinacionais precisava adotar princípios contábeis emitidos pelo FASB (Financial Accouting Standard Board), que versava, por exemplo, o tratamento necessário nos diversos tipos de contas na conversão para o dólar.

No ERP Protheus, o módulo contábil ganhou nova estrutura e passou a se chamar e, de fato é, uma Contabilidade Gerencial detentora de múltiplas dimensões, atendendo ainda princípios Contábeis emitidos pelo USGAAP, Brazilian GAAP, IFRS, além de setores com exigências específicas como o financeiro (COSIF) e o Elétrico (Geradoras, Transmissoras, Distribuidoras).

No tocante a análise, o ERP evoluiu significativamente. Se no início ofertava ao seu público uma biblioteca significativa de relatórios e consultas, parametrizáveis, permitindo a inclusão de novos relatórios por meio de customizações, agora passa a integrar-se com geradores de relatórios como o Crystal Report. Passa a adotar o conceito de Data Warehouse, e surgem as ferramentas de Business Intelligence, próprias ou de terceiros.

Na sequência, integra-se com planilhas eletrônicas dando as pessoas usuárias maior capacidade de extrair informações a partir de um único banco de dados. Já de longa data, adota recursos móveis como os Palm Tops, evoluindo para os tablets e smartphones. Acompanhando a massificação acelerada da Internet, surgem os mais variados Portais, entre eles os de clientes, fornecedores e funcionários. Evolui para as versões WEB.

O aperfeiçoamento das pessoas usuárias também se desenvolveu. No passado, a transmissão do conhecimento era quase que artesanal – um corpo a corpo entre o responsável técnico e a pessoa usuária. Surgem as primeiras estruturas de capacitação e, com a internet, os cursos a distância. Virou um verdadeiro negócio dentro do negócio (um exemplo interessante é a Universidade Alterdata).

Mas a Evolução do ERP não para: agora, as empresas do setor, por meio de fusões e aquisições, incorporam ao seu portfólio de produtos outros ERPs vocacionados a um ou outro segmento (TOTVS, Senior e Alterdata são alguns exemplos), que se integram, formando um interessante mosaico.

Um outro cenário evolutivo é a integração entre ERPs que concorrem pelo mesmo mercado.

Muito ainda poderia ser dito sobre A Evolução do ERP – o tema é rico e envolvente. E o futuro do ERP? Bom, o futuro trataremos em nossas próximas publicações. Fique atento.

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